Moradores de Petrópolis elaboram projeto para coibir assaltos no bairro.
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Cansados de se sentirem encurralados diante da violência que assola a Capital, moradores de Petrópolis se uniram para colocar em prática propostas que possam melhorar a segurança na região. A iniciativa deu origem ao projeto-piloto Prevenção de Assaltos de Rua, que deverá ganhar as vias do bairro entre março e abril.Desenvolvido pelo Instituto Chega de Violência (ICV), o plano de ação encontra-se em fase de planejamento, e conta com o apoio da Brigada Militar (BM), do Ministério Público, de associações comunitárias e de voluntários. Na primeira fase, além de promover reuniões semanais, o ICV analisa os resultados de um questionário respondido por moradores. As perguntas objetivavam descobrir o que as pessoas fazem diante de um assalto. Quem respondeu também pôde dar sugestões de prevenção e relatar experiências.– As respostas mostraram que as pessoas sabem se prevenir, mas não sabem como controlar a violência. Também percebemos que a maioria acredita na polícia – disse Eny Toschi, moradora do bairro e conselheira de políticas estratégicas do ICV.O projeto busca, especialmente, promover a aproximação entre a comunidade e a polícia. A BM tem participado das reuniões, nas quais fala sobre como funciona seu trabalho, quais são suas necessidades e o que pode ser feito para otimizar resultados das ações.– É muito importante encontrarmos pessoas que querem organizar a sociedade para trabalhar conosco – avaliou o coronel João Batista Gil, chefe do Estado-Maior da BM.Uma das ações a ser implementada é a criação de grupos de trabalho. Cada grupo se responsabilizaria por assuntos que interferem na segurança, como iluminação, arborização e identificação de moradores. Outras propostas estão sendo analisadas, entre elas, regularizar a situação dos guardas de rua, interligar serviços de segurança em prédios e estabelecer um número mínimo de rondas da polícia.No início, o projeto será testado em algumas vias de Petrópolis. Se der certo, a experiência poderá ser ampliada e compartilhada com outros bairros da Capital. Será feito um mapeamento que, além de localizar pontos como escolas, creches, praças, clubes e hospitais, indicará, por exemplo, áreas onde os assaltos mais ocorrem.Morador da Eça de Queiroz, o advogado Raphael Estrougo de Jong, 25 anos, foi assaltado três vezes no bairro – duas delas em frente ao prédio onde mora. Cansado da rotina de violência, decidiu participar do projeto.– Vai dar trabalho, mas, no final, nos trará mais segurança.Para participar do projeto Prevenção de Assaltos de Rua, escreva para o Instituto Chega de Violência: contato@chegadeviolencia.com.br
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A ConViver Melhor está participando deste projeto. Participe você também!
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